José Medeiros de Lacerda

Leia poesia - A poesia é o remédio da alma

Textos

O AVANTESMA DA LAGOINHA
Mais um caso impressionante
Dessa estranha ladainha
Da grande Belo Horizonte
Nessa dissertação minha
Pra completar o cordel,
Um ser disforme e cruel:
Avantesma da Lagoinha.

Essa é mais uma historinha
Contada na Capital
Sobre uma aparição
Disforme, descomunal
Que na década de quarenta
Provocou grande tormenta
E a muita gente fez mal.

Esse ser descomunal
É mesmo uma aberração
Todo vestido de preto
Não tem rosto nem feição
Surge e desaparece
E nem bem o povo esquece
Volta a aparição.

Dizem que essa assombração
Ainda aparece na praça
Um forte cheiro de enxofre
Exala quando ele passa
E ainda solta uma aviltante
Risada aterrorizante
Sempre fazendo arruaça.

Porém a maior desgraça
Que ele ousava praticar
Tirava os bondes dos trilhos
Pra vê-los descarrilhar,
Bonde já não mais existe
Mas ele ainda persiste
Pela rua a gargalhar.

Segundo ouvi falar
Ele assusta os motoristas
De táxi, de lotação,
Nas paradas ou nas pistas
Os veículos balançando
O seu mal cheiro exalando
E ofuscando suas vistas.

Também persegue os artistas
Quando estão atuando
Não estou desmentindo isso
E nem desacreditando
Mas esse ser desprezível
Quem anda à noite é possível
Ainda vê-lo vagando.







Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 10/08/2025
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