LENDA DA IARA
A mãe D'água ou a Iara
Outra lenda popular Entre os índios da amazônia Que vale a pena contar Em poesia de cordel Pois estando no papel È mais fácil de estudar. Segundo eu ouvi contar Iara foi uma guerreira Conhecida do Amazonas Por aquela mata inteira Das margens do Solimões E em todas as regiões Da Amazõnia brasileira. Era uma índia altaneira Mas valente que os irmãos Seu pai a amava muito Pele sua profissão Causando constrangimento Aos homens do acampamento Que exerciam tal função. É que essa obrigação De luta e de guerrear Era dos homens da tribo Mulher não devia brigar Principalmente uma donzela Bonita como era ela Devia mesmo é casar. Uma beleza sem par Isso ela ostentava Morena de olhos castanhos Cabelos longos brilhava Não tinha comparação Era o centro de atração No lugar onde chegava. Mas isso não lhe importava Se era bonita ou feia Gostava mesmo é de luta Defender a sua aldeia Com o pai sempre triunfante, Na briga era um gigante Com um corpo de sereia. A coisa tornou-se feia Quando um dia ela escutou Os seus irmão planejando Matá-la,ela se esquivou Da tribo e antes que os manos Pusessem em prática seus planos Era mesma os matou. Depois que os assassinou Jogou todos numa vala Fugiu ao ver os guerreiros Todos querendo matá-la Mas o pai que conhecia Onde ela se escondia Conseguiu capturá-la. Então para castigá-la Surgiam opinões E chegaram á conclusão Depois de vários sermões Que para lavar as mágoas Iam jogá-la nas águas Dos rios Negro e Solimões. Dizem que vários clarões Surgem naquele lugar E vêem uma sereia Sobre as águas a andar Nos encontro dos dois rios Entre fortes assobios Enquanto a vista alcançar. Também quem vive a pescar Em rios e igarapés Solitário, sempre a ver Nua da cabeça aos pés Seduzindo os pescadores Já houve casos de horrores Na região de Maués. Em compêndios ou cordéis Escrevo com parcimônia Com pesquisa e informações Concluo sem cerimônia Mas com espírito servil Mas um COISAS DO BRASIL COM TRÊS LENDAS DA AMAZÔNIA. Manaus, 08/10/2013 SÉRIE LENDAS BRASILEIRAS - VOLUME 26
Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 20/11/2022
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