OS CABRAS DE LAMPIÃO
Se eu tivesse o poder
De refazer o passado Virgulino com certeza Seria ressuscitado Para acabar com falsete E pra baixar o cacete Nesse bando de ladrão Que pratica covardia E no congresso eu poria Os cabras de Lampião. Neste cordel cangaceiro Eu pretendo registrar Os nomes de bandoleiros De quem já ouvi falar Usarei esse critério Desde o tempo do império Até o fim da missão Do início ao fim do dilema E usarei como tema Os cabras de Lampião. Começo com Adelaide Companheira de Criança Açúcar e Alecrim Engole Cobra, Esperança Calais, Antônio Silvino O Antônio Saturnino Barra de Aço, Balão Ameaço ou Ameaça E Cirilo de Engracia São Cabras de Lampião. Adília foi companheira Do cangaceiro Canário Cangaceiros assaltavam Porque não tinham salário; Áurea de Mané Moreno E Bila de Zé Sereno Ângelo Roque, Cancão Godê, Menino de Ouro Bento, Baliza, Besouro São cabras de Lampião. Barreira, Anna de jurema Andorinha, Alagoano Asa Branca, Atividade Marinheiro e Mariano Labareda, Catingueira Cacheado, Cajazeira Canjica, Zé de Julião Arvoredo, Cajueiro Baraúna, Candeeiro São cabras de Lampião. Chá Preto, Antônia Ferreira Primeira mulher de Gato Boa Vista, Beija-Flor Pé de Peba, Pe de Pato Canário, Antônio Ferreira Caracol e Catingueira Antônio Rosa e Antão Rifle de Ouro, Rouxinho Pajeú e Passarinho Os cabras de Lampião. A cangaceira Aristéia Foi mulher de Catingueira Bom de Veras, Bronzeado Borboleta e Bananeira Sinhô Pereira, Salu Novo Tempo, Né Dadu Barra Nova e Azulão Santa Cruz, Sabino Gomes Caixa de Fósforo, são nomes Dos cabras de Lampião. O Benedito Faria Que chamavam Ben-te-vi Campinas, Chico Pereira Jureminha e Juriti Corisco o Diabo Loiro Era forte como um touro Horácio Novais, Capão Corisco Preto, Criança Tinha até outro Esperança Nos cabras de Lampião. Sofreu, Cassimiro Honório Luis Sabino, Coqueiro Cangaceira Catarina Esposa de Nevoeiro Tem Clementino Quelé Jararaca, Jacaré Deus te Guie, Devoção Elétrico e Chumbinho Tem Lica de Passarinho Nos cabras de Lampião. Miguel, Chico Jararaca Cravo Roxo, Curió O cabra Pilão Deitado Gostava de um quiprocó Cristina de Português Cruzeiro tinha mais vez Nas quebradas do sertão Fortaleza e Fuxico Que chamam de Mixirico Nos cabras de Lampião. Dadá mulher de Corisco Flauzina de Saracura O cangaceiro Cocada Que era parada dura Félix Caboje, Cuidado Zé Rufino era soldado Perseguidor no sertão Lucas da Feira, Delfino Ezequiel, Ponto Fino Nos cabras de Lampião. Teve Dulce de Criança E Durvina de Moreno Diferente, José Guida Laranjeira, Zé Sereno Jandaia, José Ferreira Pirulito, Pitombeira Getirana, Gavião Manoel Torquato, Mormaço Meia Noite ou Bagaço Os cabras de Lampião. Eleonora e Serra Branca Enedina e Cajazeira Euclides, Félix da Mata Quina Quina, Quinta-Feira Lua Branca, Limoeiro Xexéu, Genésio Vaqueiro Maria Dórea de Azulão Guará, Livino Ferreira Maria Bonita a primeira No bando de Lampião. Teve Inacinha de Gato Maria de Juriti Maria Jovina e Pancada Velocidade, Zumbi Pinga Fogo, Penedinho Zé Baiano, Zé Pretinho Tempestade, Valatão Teve Gorgulho e Graveto Peitica, Pássaro Preto Nos cabras de Lampião. Doninha de Boa Vista Laura, Vassoura, Jurema Luis Padre, Luis Pedro Saracura, Siriema José Rufo, Manoel Vítor Pé Torto, Pé de Priquito Mané Moreno, Mourão Marreco, Luis Pernambuco Fez o maior vuco vuco Nos cabras de Lampião. Maria da Conceição Fez Ferrugem tomar cana E Maria de Jesus A mulher de Jitirana E tinha Neném do Ouro De Luis Pedro o tesouro Massilom e Mergulhão Otília de Mariano Pai Velho, Urêa de Abano São cabras de Lampião. Moça de Ciço de Engrácia Moita Brava e Miúdo Medalha e também Moderno Virgínio era o mais parrudo Zé Velho ou Pontaria Volta seca, Ventania Patativa e Pavão Peneira e Português Quindu, Ponto Fino Três São cabras de lampião. Ozana de Labareda Quixabeira soberano Rosinha foi a segunda Esposa de Mariano Rio Preto e Recruta Moita Brava bom de luta Serra do Umã, Trovão Serrote, Sebastiana Cangaceira mais humana Dos cabras de Lampião. Tem Zefinha de Jandaia Vila Nova, Vinte e Cinco Tinha Rufino dos Anjos Relâmpago tinha afinco; Suspeita e Zepelim Tubiba era muito ruim Zebelê e o Trovão Pinhão, Zé Roque, Zé Côco Tudo que eu falei foi pouco Dos cabras de Lampião.
Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 07/11/2021
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |