A LEI MARIA DA PENHA
Houve um tempo em que a mulher
Era uma escrava do lar Para o homem usufruir Da forma que desejar Do quarto para a cozinha Na sala ela não vinha Com medo de apanhar. Sem direito de votar Vítima de violência Até criarem uma lei Pra sua sobrevivência Dando à mulher liberdade E o poder de igualdade No Direito e na Ciência. A doméstica inconsequência Tem sido uma grande vilã, Por ser contra a viloência Dessa lei me tornei fã E apoio com força e fé Pra que não volte a mulher A ser uma vítima amanhã. Seja judia ou cristã A lei foi uma providência Toda mulher tem direito A viver sem violência A justiça decretou: Tem que punir o agressor E â vítima dar assistência. Com bastante eficiência A lei visa coibir A violência doméstica Como também prevenir De formas definitivas Com medidas progressivas E ao agressor punir. Em outro artigo a seguir Dessa lei especial Independente de classe Nível educacional De plebe ou de fidalguia De raça ou de etnia De opção sexual. De posição cultural De renda e religião Todos gozam de direitos Iguais e sem exceção Assim foram registrados E estão assegurados Pela Constituição. Eis aqui a relação: Direito a liberdade, A vida e a segurança Também a dignidade Cultura e educação Saúde, alimentação E justiça com igualdade. Ainda à sociedade Ao trabalho e ao lazer Ao acesso a política Pra o Brasil desenvolver Sem máculas ou preconceitos Mais outros tantos direitos Que aqui não cabe dizer. A lei tem que proceder Sobre todos esse planos Que estão assegurados Pelos direitos humanos Pois mesmo já estando incurso Implanta mais um recurso Pra corrigir outros danos. No tempo dos desenganos Antes da lei existir A mulher ia a justiça Que não podia punir Então voltava pra casa O homem que a esperava Voltava a lhe agredir. Com a lei a existir O crime é inaceitavel Se bater vai pra cadeia Agressão é intolerável O homem vira um erege A lei a vítima protege Depois pune o responsável. É crime inafiançável Os tipos de violência Doméstica e familiar Em toda sua abrangência. As cinco categorias Que lhe dão força e valia Eu descrevo na sequência: A primeira é a violência Física e desigual Qualquer conduta ofensiva De modo irracional Que tire a integridade Atinja e capacidade E a saúde corporal. Tratar como um animal A empurrões e pontapés Tapas, socos, beliscões Seja um ou sejam dez Não importa a estatística Tudo é violência física Que causam dores cruéis. Segundo tipo é um revéis Porque é psicológica Essa merece atenção Mais didática e pedagógica A pessoa desanima Fica baixa a auto-estima Toda a vida perde a lógica. Chantagem psicológica Insultos, constrangimentos São danos que interferem No seu desenvolvimento A auto estima baixando Moral se desintegrando E aumentando o sofrimento. Sexo com constrangimento Dá-se pela coação Do uso da força física Causando indignação Ele faz o que bem quer E obriga sua mulher No ato da relação. Tudo que impeça a ação Quando a mulher quer usar Método conceptivo Ou para engravidar Se encontrar preconceito Está na lei o seu direito É só reivindicar. A Quarta é dentro do lar Pois é patrimonial Detenção, subtração Distribuição parcial Ou total de algum pertence Isso a ninguém mais convence Culmina em ação penal. Documento pessoal Escrituras registrais Instrumento de trabalho Dinheiro e outras coisas mais Significa tortura, Tudo isso configura Em danos materiais. A Quinta está nos anais Como violência moral São os crimes contra a honra Diz o código penal, Injúria, difamação Acusar por intuição Calúnia, etc e tal. Diz um amigo atual Que esse tipo de violência Está em diversos âmbitos, Porém é na residência No âmbito conjugal Que a violência moral Tem sua maior incidência. Quem encara as consequências Como agente agressor Marido ou companheiro Namorado ou ex-amor, No caso de uma doméstica, Ferindo o código de ética Pode ser o empregador. Se um irmão for o agressor E agredir a própria irmã, O filho agredir a mãe Seja nova ou anciã O pai agredir a filha É violência em família Pois pertencem ao mesmo clã. Mas há uma queixa vã Que é preciso explicar Se acaso for o homem Que da mulher apanhar A coisa aí se arrefece, Pois tudo isso acontece No âmbito familiar. Se acaso o homem apanhar A lei é bastante clara, Por uma questão de gênero Somente a mulher ampara E deixa bem transparente, Se a mulher for valente O cara que livre a cara. Se numa situação rara No caso que lhe convenha O sujeito aprontou E a mulher desceu-lhe a lenha O homem que se deu mal Recorra ao código penal. Não à Lei Maria da Penha. No caso lésbico, convenha, Se no qual a companheira Oferecer qualquer risco À vida de sua parceira Só existe uma medida: A agressora é punida Pois a lei não dá bobeira. Dessa lei alvissareira Se faça a implementação E incentivem os governantes De cada federação Acolham como convenha Usem a Lei Maria da Penha Em prol da população. Finalizo a redação Deste cordel que criei Para informar ao povo Sobre a importância da lei. Agi como me convinha, Pois quem agride uma rainha Não merece ser um rei. Há um ditado que eu sei Que ninguém mete a colher Em briga de namorado Ou de marido e mulher; Não metia, agora mete, Pois isso agora reflete No ponto que a gente quer. Coisas do Brasil - Vol. XL
Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 18/02/2012
Alterado em 29/07/2014 Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |