José Medeiros de Lacerda

Leia poesia - A poesia é o remédio da alma

Textos

OS DEZ MANDAMENTOS DO PREGUIÇOSO
Trecho do Cordel:
Também pra alma pagã
Este sétimo não tem graça:
TRABALHE O MENOS POSSÍVEL
NÃO FAÇA NADA, DISFARÇA,
PORQUE PRA TUDO TEM JEITO,
O QUE TIVER DE SER FEITO
DEIXE QUE OUTRA PESSOA FAÇA.

O oitavo se disfarça
Querendo justificar
Começa pedindo CALMA
E faz questão de explicar
Com um argumento seu
Diz: NINGUEM NUNCA MORREU
POR VIVER A DESCANSAR.

O nono é peculiar
Ao preguiçoso sem graça:
SE VOCE SENTIR DESEJO
DE TRABALHAR, não se faça,
De bobo, e não desespere,
Sente um pouco e espere
Que esse desejo passa.

O décimo é também sem graça
Conversa pra prepotentes
São frases sem importância
Com a preguiça condizentes
Que diz: TOME UMA ATITUDE
LEMBRE, TRABALHO É SAÚDE,
DEIXE O SEU PARA OS DOENTES.

Provérbios inteligentes
Precisam ser preservados
Assim como os Mandamentos
Que são sempre adulterados
Por gracejo ou ironia
Sem graça, sem serventia
Coisa de desocupados.

Alguns temas desviados
Pecado, mas divertido:
Não jure seu santo nome
Pois jurar não faz sentido;
E o sétimo, não roubar,
Basta apenas desviar
Que está tudo resolvido.

O avarento desmedido
Costuma dizer também:
Deve-se honrar pai e mãe
E o dinheiro que eles tem
Pai e mãe rico é promessa
Mas isso não me interessa
Que eu não falo de ninguém.

Não pretendo ir mais além
O assunto está escrito
Quis falar sobre a preguiça
E acho que fiz bonito
Vou levar pra os editores
Depois espero os leitores
Dar também seu veredito.

Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 12/02/2012
Alterado em 12/02/2012
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