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POEMAS EM CANTORIA III
Este cordel resume alguns poemas que o poeta costuma declamar em suas apresentações pelo Nordeste afora.
NA PENSÃO DE SEU TATÁ Escrito e apresentado no Centro de Treinamento Governador Antônio Mariz, em Souza-PB, a 08-12-2004. Fui caxeiro viajante Gostava de viajar Vendendo queijo ralado E milho pra mungunzá Por este sertão inteiro: De Araruna a Monteiro De Souza a Taperoá. Na vila de Casserengue Gostava de me hospedar Na Pensão do Mau Sossego Que outra melhor não há Pois de todas que havia A melhor hospedaria É a pensão do SEU TATÁ. Certa noite de viagem Resolvi ali parar Estando muito cansado Querendo um banho tomar Pela mulher recebido Perguntei pelo marido Respondeu: TATÁ NUM TÁ! Tamanha indelicadeza Deixa a mulher transpirar Me fiz de desentendido E de novo ao perguntar Como da primeira vez Usou maior rispidez Pra dizer: TATÁ NUM TÁ. Eu não quis mais tomar banho Também não quis mais jantar Fui embora chateado Destinei-me a viajar E usei de opinião: Só entro nesta pensão Em dias que TATÁ TÁ. Sendo Tatá meu amigo E um cliente exemplar Vou lhe dar um bom conselho Para se divorciar E arranje outra companheira Que tenha as mesmas maneiras E os TRATOS DE TATÁ. Do seu novo casamento TATÁ TRATE DE TRATAR Para quando um seu cliente Em sua casa chegar Acaso TATÁ NUM TANDO E a mulher de TATÁ TANDO Ser o mesmo que TATÁ TÁ. Série Cantadores, Vol. XVIII
Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 19/12/2009
Alterado em 21/12/2009 Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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