Ah, se eu fosse uma estrela
Perdida lá no espaço
Perto, bem perto de Deus,
Para iluminar teus olhos
Com o luzir dos olhos meus.

Quisera eu ser a chuva
Que canta no seu telhado
E te alerta os lampejos,
Para escorrer nos teus lábios
Em forma de longos beijos.

Quisera eu ser o vento
Que se enrosca entre  a folhagem,
Que encrespa as ondas do mar,
Para soprar teus ouvidos
E fazer-te me escutar.

Mas sou apenas um triste
Pretendendo comparar-me
A  vento, a chuva, a estrela;
Com um coração tristonho
Que se alegra quando vê-la.
Do Cordel POEMAS DE UM HOMEM SÓ)