O HOMEM QUE RI
Eu sou o homem que ri,
Que não ri quando está rindo, Tenho o coração chorando Mas a boca está mentindo. Palhaço, clown, saltimbanco Ou prestigiador, Dou cambalhotas e saltos Na corda bamba do amor. Nem muito ingênuo, nem cínico, Nem iludido, nem trágico, Tiro estrelas de esperanças De uma cartola de mágico. A mim mesmo me convenço Das fantasias que crio E até mesmo quando choro Intimamente me rio. E a vida se transfigura E vale a pena de novo Só porque enganei o bobo Na velha casca do ovo! São Paulo, 07.05.80
Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 09/07/2008
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