NA PENSÃO DE SEU TATÁ
(Escrito e apresentado no Centro de Treinamento
Governador Antonio Mariz, na cidade de Souza-PB, em 08/12/2004.) Fui caixeiro viajante Gostava de viajar Vendendo queijo ralado E milho pra mungunzá Por este sertão inteiro: De Araruna a Monteiro, De Souza a Taperoá. Na vila de Casserengue Gostava de me hospedar Na Pensão do Mau Sossego Que outra melhor não há, Pois de todas que havia A melhor hospedaria É a pensão do Seu Tatá. Certa noite de viagem Resolvi ali parar Estando muito suado, Querendo um banho tomar, Pela mulher recebido Perguntei pelo marido, Respondeu: - TATÁ NÃO TÁ. Tamanha indelicadeza Deixa a mulher transpirar Me fiz de desentendido E de novo ao perguntar, Como da primeira vez Usou maior rispidez Pra dizer TATÁ NÃO TÁ Eu não quis mais tomar banho Também não quis mais jantar Fui embora chateado Destinei-me a viajar, E usei de opinião: Só entro nesta pensão Em dias que TATÁ TÁ. Sendo Tatá meu amigo E um cliente exemplar Vou lhe dar um bom conselho Para se divorciar E arranje outra companheira Que tenha as mesmas maneiras E OS TRATOS DE TATÁ. Do seu outro casamento Tatá trate de tratar Prá quando sua clientela Em sua casa chegar Acaso Tatá não tando E a mulher de Tatá tando, Ser o mesmo que TATÁ TÁ.
Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 29/06/2008
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |